sábado, 6 de junho de 2009

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sus-tentáculo

me nasce um vento insone em pé
curvo-me
cresce uma fé avoada de outono
vento parapente que derruba meu sono

deito-me nas folhas dos teus livros perce-vejos muito bem adaptados
fixa-mente em cortiças isolantes
disputando vôos sobre os oceanos
livre das descrenças do corpo no tempo

instável vento em sua direção
derrubando sustos apagando feitiços
fumaças
tóxicas de cura

todo refúgio é um ato pagão
todo começo é uma urgência de incêndio e perdão



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