sexta-feira, 22 de agosto de 2008

1997

...
mas não sou mais
tão criança
a ponto de saber tudo.
e enquanto isso, as pontes vão ficando, paradas como de costume.
não se envolvem.
Fingem nem sequer fazer parte da paisagem plana.
Tudo é plano. Tudo é constante, só não os meus planos, esses não são (in fact) planos planos... são planos neutros, quase planos, são sonhos tortos, quase ilesos. são tchaus rápidos, risos falsos, são pequeniques cercados por borrachudos famintos eu os sinto, sim bem perto.
E essas estátuas estáticas são todas elas crianças perdidas que olham por cima das pontes e abanam para os que passam e sorriem para os que olham e acenam para os que param.
então elas acordam em longo bocejo e eu digo que queria qualquer lasca e elas cantam e se espremem enquanto cantam gritado pra que eu volte mas eu não escuto mais.
Palhaças..
E a noite, quando a luz cansa os olhos e a imagem turva, são elas que se debruçam sobre seu eixo brusco e choram, debruçadas sobre a maquiagem fria.

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